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8.5.13

Resenha: O Livro do Amanhã



Nascida no luxo, Tamara Goodwin, de 16 anos, nunca precisou olhar para o amanhã, até que a morte abrupta de seu pai deixa a ela e a sua mãe uma montanha de dívidas e as obriga a se mudarem para a casa dos tios de Tamara, em um vilarejo no interior. Solitária e entediada, a única diversão de Tamara é uma biblioteca itinerante. E ali, ela encontra um livro muito misterioso. Tamara vê inscrições com sua própria letra e datadas para o dia seguinte. Quando tudo acontece exatamente como o livro previa, ela percebe que pode ter encontrado a solução para seus problemas. No entanto, Tamara descobre que é melhor não virar algumas páginas e que, apesar de muito tentar, não pode mudar o destino.


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 O Livro do Amanhã foi o primeiro livro de Cecelia Ahern que li. Desde que li a sinopse tive muitas expectativas com o livro, e finalmente pude saciar minha curiosidade. Além de uma escrita maravilhosa, a autora foi capaz de criar uma história que te prende do começo ao fim.

Tamara Goodwin nasceu em um berço de ouro, sempre foi mimada e teve tudo o que quis, estava acostumada a todos fazerem suas vontades no momento em que queria. Nunca foi grata por nada que tinha, e sempre criticava seus pais quando algo não saia do jeito em que gostaria.

Mas ela não contava que seu pai tiraria sua própria vida, abandonando-a. Junto com seu pai, Tamara viu sua casa, suas amigas, sua vida indo junto com ele, afinal seu pai havia escondido um segredo que ela jamais adivinharia: Estavam afundados em dívidas.

Não demorou nada até o que banco lhe tomasse a casa, logo Tamara se vê forçada a ir morar no meio do nada com seus tios – Arhtur e Rosaleen. Como se a situação já não estivesse ruim, sua mãe entra em um luto profundo passando dias e noites trancada no quarto, não importa o que Tamara faça ou diga.

Seu tio Arthur é um homem de poucas palavras, mesmo com a irmã em um estado decadente não faz nenhum esforço para ajuda-la, apenas concorda com o que sua esposa diga. Rosaleen é a dona de casa perfeita, porém sua personalidade é digamos... estranha. Tudo tem que ser do seu jeito, e está sempre rondando Tamara, como se deixa-la sozinha fosse um grande risco. Sabia que desde o começo ela não era boa coisa.

Sua vida começa a melhorar um pouquinho quando um belo jovem aparece em sua biblioteca móvel; Marcus parece ser a única pessoa normal naquele hospício, com seu jeitinho maroto logo faz o coração de Tamara bater mais forte...

Oi, mãe, sou eu. Saí de casa num ônibus cheio de livros e um rapaz simpático vai me levar até a cidade. Voltarei em algumas horas. No caso de eu não voltar, ele se chama Marcus Sandhurst, tem um metro e oitenta de altura, cabelos pretos, olhos azuis... Tatuagens? — perguntei. Ele levantou a camisa. Ui, cheio de costelas! — Tem uma cruz celta na parte inferior do abdômen, sem pelos no peito e um sorriso tolo. Gosta de Scarface, Coldplay e pizza, e espera se dedicar a livros com muito empenho. Até logo!
Em uma desses passeios com Marcus, Tamara acaba por achar um livro – na verdade um diário -  muito curioso. Tamara nunca foi de ler nem nada, mas aquilo poderia ser a distração ideal. Porém quando o abre, vê que apenas as primeiras folhas estavam escritas. E não é qualquer escrita! É sua própria caligrafia narrando o amanhã

“Meu queixo caiu. A primeira página já fora escrita, cada linha preenchida à perfeição... em minha caligrafia.”

Agora com o poder de ver o amanhã, Tamara tem o desafio de consertar o passado, sobreviver ao presente e transformar seu futuro. Ainda com a ajuda do diário, ela ainda tem que descobrir o mistério do bangalô, o que aconteceu com o castelo em ruínas e com as pessoas que moravam lá.

Mesmo que a escrita seja um pouco pesada, com poucos diálogos, O Livro do Amanhã é aquele tipo de livro que você devora sem perceber. Desde o início gostei de Tamara, não condeno suas ações, afinal ela sempre tudo o que quis e de repente seu mundo se resume a nada. Mas podemos perceber a sua evolução, porém ela não deixa de ser quem é.

  Sem sobras de dúvidas me surpreendi e aprendi muito com o livro, se você tiver a oportunidade de lê-lo, não a perca! Só não leva a nota máxima por sua escrita um pouco maçante em alguns capítulos.


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